segunda-feira, 24 de novembro de 2008

La fuente del deseo

A vontade de mostrar pra todo mundo é grande demais. Bulería : "La fuente del deseo", de "El flamenco de Joaquín Cortés" Cantam: Encarna Amador "La Nitra", Victoria Santiago "La Tana", Montse Cortés y Felipa "La del Moreno". Olé!

Y es magnífico.

E ao longo da minha viagem Joaquiniana, me deparo com o mais puro e genuíno flamenco, é de arrepiar. Como se não bastasse toda a força do flamenco verídico e real, a produção eleva o espetáculo ao patamar mais alto do flamenco atual. Os três vídeos que seguem são uma seqüência só, é o final do espetáculo. É tradicionalíssimo no flamenco que, ao final do "show", todos se reúnam ao palco para a "Rueda de bulerías", onde cada um, bailaores e músicos, executam sua "Patada", ou, sua dança. O nível de irreverência é bem alto, sobretudo para os músicos. É uma hora em que todos se divertem, todos se unem numa alegria contagiante e dançam, cantam e tocam uma "Bulería", um "palo" que, resumidamente e de uma maneira geral, é ritmo de descontração e brincadeira. Todos juntos e por si sós, nessa deliciosa empreitada que é o Flamenco. Yo doy suspiros al aire, como diz Carmen Linares. Que vontade de voltar a viver isso tão freqüentemente quanto há um ano e meio atrás. Mas sei que é uma questão de tempo, daqui a três meses estarei de volta ao meu Flamenco. (Oficialmente) E yo volvré a ser la flamenquita que yo soy. Aurora Guadalquivir.

Joaquín Cortés

Apesar de todo o meu conhecimento acerca del Flamenco (que não é pleno, mas seria mentira dizer que é pouco), até então não conhecia bem o que fazia Joaquín Cortés, o bailaor. Mas pelo o que sempre via o anunciando, sempre achei que não era algo muito fiel à nosotros, ao Flamenco. Aparições em shows de Jennifer Lopez, celebridade em meio à norteamericanos do tipo Paris Hilton, não sei. O link para o vídeo do Farruquito me atraía sempre mais do que um vídeo do Joca. Pelo o que eu sempre ouvia falar, também, um certo conjunto de fatos me faziam deixar ele pra lá. (Aurora esnobando Joaquín Cortés, pode?) Mas eis que um dia (hoje) caí na Graça Divina de abrir um vídeo, gravação de um espetáculo seu. Sabe a expressão : "Paguei pau" ? Pois é, a repeti 4 vezes enquanto o assistia. Acontece que o meu (nosso) querido Juca está munido de músicos maravilhosos, e isso garante mais da metade do esplendor do show. A atitude poser "apreciem meu lindo torso nu" não se encaixa no flamenco, nem o excesso de "Floreos" (ok, mesmo quem não saca a expressão flamenca vai entender essa). Mas ganhou o meu coração, o Cortés. Às vezes penso que talvez quem tenha ganhado meu coração tenham sido somente os músicos, mas na verdade seu "Salero" é sujeito da voz ativa acima. Aos sortudos que assistirem: quando o Juca estiver meio chato, com seus frufrus, preste atenção na música (divina). Gracias. Olé. O primeiro e o segundo vídeo são fragmentos do espetáculo "Joaquín Cortés y su flamenco" e no início da primeira "amostra" Joaquín interpreta um touro. (Achei necessário o comentário) É uma "Seguirilla" que inusitadamente cai num "Tangos", e o segundo vídeo é uma "Alegría". ;)

domingo, 23 de novembro de 2008

Aveia, Curry e Farofa.

Estava eu faminta na frente do computador, após um fim de semana passado inteiramente em casa, quando decidi tomar providências a respeito do meu estômago. A sexta-feira fora reservada para uma passada rápida ao colégio, uma ida à universidade federal (contraste), uma tarde de trabalho junto a um técnico de informática, 3 "colegas" (ram ram) e uma educadora/pedagoga, ou sei lá que diabos, odeio muitos que trabalham com educação, são boa parte uns puchas sacos de todos e de si mesmos. A última vez que Aurora foi vista fora de casa, desde o presente momento, foi sexta às 18:00. (Idas à padaria não contam como saídas de casa ok?) O fim de semana foi então reservado para uma grande organização material, um Backstage do Mexilhão. E dessa vez o Backstage foi musical também, ao organizar meus cd's redescobri sucessos (Greeeeat Succes) e posso afirmar que estou provida de música por até umas duas semanas, tamanha a quantidade de músicas pescadas do fundo do baú. Dançar e cantar "Jeito Sexy", de Fat Family no meio da sala, pode? Acabavam-se as 54 horas de Hollyday, e cá estava eu com fome, não tinha dinheiro em casa pra comprar porra nehuma. Vamos até a dispensa? Vamos. Bem, o que temos? Farinha de trigo integral (bichada), sal grosso (lembrei da Alice x Lorena), chá matte à fuder, grão de bico, lentilhas, algumas ervilhas, farinha de mandioca, fubá, aveia integral, aveia em flocos, farinha de trigo, maizena, uma sopa de cebola em pó (vencida). A caixinha do Arroz estava lá, eu acreditava demais que a base da alimentação brasileira estava lá na minha reserva para abrir e conferir o conteúdo. Vamos fazer arroz ao curry? Vamos. Panela à posto, chaleira a ferver àgua, oléo, sal e curry em mãos. Doce ilusão, tinha 1 grão de aroz. 1 grão. 1. 1!!! Pera aí, agora que eu to me dando conta: como eu fui tão idiota a ponto de não sentir que a caixa estava leve demais? Ish, tem gente que ocultaria esse detalhe, hein, pra não passar vergonha. Tá, a minha única opção de refeição foi pras cucuia, e agora? Volta pra dispensa. Sal grosso com curry? Acho que não hein. Avisto a aveia. A aveia é considerada sagrada por um povo que não me lembro mais qual. Mas, independente disso, eu a considero pra carai. Ô, que isso, a aveia? Brother meu (vamos causar crise de identidade sexual na aveia) parceiro meu, meu mano do peito! (Kolé fiiiiiiiii) E ela não me decepcionou. Ao som de Natasha Atlas, as areias da beira do rio nilo me chamavam. E elas vieram para o meu prato: Menu de Hoje : Aveia ao Curry e Farinha de Mandioca torrada. Egito, Índia e Brasil hoje se uniram, era uma mensagem. "Você precisa fazer compras para a dispensa, porra!"

Voltei.

Depois de praticamente 1 ano de ausência, peço ao blog que me aceite de volta. Em um ano coisas demais acontecem. É tempo para a gestação de um ser e mais 3 meses de bônus. Nesse ano de 2008... [...] (a continuar imediatamente após o término das aulas escolares. )